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Psicóloga Mônica Winter Possatto afirma que a informação pode evitar abusos de crianças e adolescentes

Criado em: 12/05/2021 13:35:01
Atualizado em: 12/05/2021 13:35:01

Pais e familiares devem ficar atentos a mudanças bruscas de comportamento

        Dando sequencia na série de entrevistas à Emissora de Rádio Local (Nativa FM), na manhã desta quarta-feira, 12 de maio, a psicóloga Mônica Winter Possatto abordou o tema Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Para a psicóloga, a informação é muito importante para evitar situações de abuso físico, psicológico e sexual.

        Mônica afirma que a psicologia tem um papel fundamental junto as vítimas de abuso, pois, faz o acolhimento, tem o papel da escuta. “Quando a criança chega a relatar ou apresentar alteração de comportamento na escola, em casa, é ao psicólogo que ela vai, a maioria chega muito assustada, é necessário muito carinho e atenção”, relata. A psicóloga alerta ainda que muitas pessoas evitam falar e não acreditam que isso ocorra em Missal, mas acontece e muito.

 

Informação é fundamental

        Trata-se também de uma questão de conhecimento pessoal. “Se a criança é orientada desde pequena sobre o que é certo e o que é errado, ela vai saber identificar quando algo acontecer, o que é abuso”, destaca Mônica. “Tem crianças que passam muito tempo sendo abusada e não identificam, pois entendem aquele gesto como uma demonstração de carinho, de afeto, é um tema muito delicado”, acrescenta a profissional.

        Outro alerta é que normalmente a criança não vai falar que sofre algum tipo de abuso, pois, na maioria dos casos ela é ameaçada e vai para o atendimento sabendo que não pode falar sobre o que ocorreu. “Ela precisa confiar em você para então conseguir falar, aos poucos, o que ocorreu”, relata Mônica. Mudanças bruscas de comportamento, como o medo, isolamento e choro constante sem motivos aparentes, podem ser indício de abuso.

 

Consequências

        A criança que sofre abuso, seja físico, psicológico ou sexual, já começa a sofrer as consequências no presente. As mudanças de comportamento, dificuldade de relacionamento que iniciam na infância com outras crianças e seguem posteriormente na fase de namoro, vão se estendendo até a fase adulta. “As consequências são para uma vida inteira e é aí que entra a psicologia, que visa reduzir os danos causados”, aponta Mônica.

 

Internet

        As redes sociais, a internet e o avanço da tecnologia não podem ser desconsiderados. Ao ser questionada sobre o tema, a psicóloga inicia a frase dizendo que é importante olhar a tecnologia como aliada. “Mas, tudo tem limite, tudo que é demais não é bom”, pondera. “Vemos crianças expostas muito tempo à tecnologia, à rede social. Adolescentes estão utilizando as redes sociais como uma espécie de diário e isso facilita ações de abusadores, de pedófilos”, alerta Mônica. “Vamos cuidar mais das nossas crianças e adolescentes”, finaliza a psicóloga.