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Sargento Donizetti faz alerta aos pais sobre a importância dos cuidados com a exposição dos filhos na internet

Criado em: 18/05/2021 15:27:59
Atualizado em: 18/05/2021 15:27:59

       Continuando a série de entrevistas sobre o mês de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, o Comandante da Polícia Militar de Missal, Sargento Marcos Donizetti, esteve na rádio local (Nativa FM) e fez um alerta importante aos pais sobre a exposição dos filhos na internet.

       Segundo o Sargento, pesquisas apontam que mais de 54% dos adolescentes se abrem mais facilmente na internet. “Expõe sua vida, mandam fotografias, acreditando que estejam falando com alguma pessoa de confiança, no entanto, pode ser um abusador, que vai usar essas fotos para chantagear ou passar pra frente, o mundo é todo conectado”, alerta.

       De acordo com o comandante os pais não se atêm a estes detalhes e ficam colocando fotos de crianças, bebês nas redes sociais. “É tudo o que os abusadores buscam na rede”, justificou. Donizetti afirmou que muitos dos casos de abusos tem ocorrido através da rede social e que os pais não estão se atentando que os filhos ficam por horas conversando, e, por muitas vezes, se expondo de forma desnecessária.

 

Situações assustadoras

       Sargento Donizetti apontou para uma situação que beira a assustador. “Já tivemos casos em que bebês foram abusados, não tem idade para ocorrer este abuso”, observa. “Além do tratamento que precisa ter, é uma pessoa fora do seu juízo normal, não podemos aceitar uma pessoa normal agindo desta forma”, opina o militar.

 

Falta de Estrutura Familiar

       Os casos tem ocorrido de forma velada, muitas vezes nem chegam ao conhecimento da Polícia Militar. Segundo o comandante há maior incidência de abusos em famílias desestruturadas, mas que também ocorrem casos em famílias com poder aquisitivo maior. A desestrutura familiar é um fator que pode ocorrer, mas as situações de abuso independem de classe econômica, os cuidados devem ser mantidos em todos os locais.

       Há situações, por exemplo, que as crianças logo contam o ocorrido, no entanto, há outras crianças que demoram mais para relatar alguma situação, pois, são ameaçadas, ou mesmo nem identificam que foram vítimas de alguma tipo de abuso. “É aí que entra o papel fundamental do professor, da mãe, da vó, tia, em estar conversando sobre a situação”, sugere Donizetti. “A criança vai apresentar algum sintoma, então é importante a família ficar alerta”, completa.